Desses meus versos, escritos num tempo
em que eu nem sabia que era poeta,
brotando como a água das fontes,
como a labareda brota foguetes,
precipitando-se como se fossem diabretes
no santuário cheio de sonhos e de incenso,
desses meus versos de juventude, versos de morte
— desses meus versos que ninguém leu! —
perdidos na poeira das livrarias
(onde ninguém os pede, ninguém os pediu),
desses meus versos, como um vinho precioso, há-de chegar a vez.
Marina Tsvétaïeva
Gostei muito deste poema, é algo premonitório dos anseios do poeta e do seu auge vivencial literário
ResponderEliminarConfesso que tenho de ler mais poemas de Marina Tsvétaïeva, desconhecia-a completamente...
E eu do "Auto da Tentação", aliás para mim o momento verdadeiramente poético daquela noite.
ResponderEliminarContinua escrevendo, vou acompanhar sempre que possa.