O ar rasgou-se no horizonte,
traçando uma diagonal
na areia da praia
um pescador tece uma linha
quase invisível
na solidão da tarde
ao longe os barcos
deslizam preguiçosos
a vida naquele verão
misturava-se com
o cheiro forte das algas
o zumbido das cigarras
o pó dos caminhos
a brisa azul do entardecer
o ar rasgou-se
e as palavras
fluiram no ar
Que Bonito!
ResponderEliminarÀs vezes é preciso o ar rasgar-se para que se possa de novo ser aquilo que se é e se escondeu por detrás de uma máscara leve e dura como o ar.