Longa noite, rodopia redonda nos teus olhos
esse lapso de infinito, meu companheiro,
Tu e eu, inseparáveis atrás das cortinas
do quarto, teus olhos brilham nos meus.
Noite negra de luar, desenha a luz
na luz dos teus olhos tão tristes
como cabelos de crude te vejo eu
tão amiúde, no cerco das horas lentas.
Longas noites e dias lentíssimos
sonolência pastosa escrita na pele
amálgama de ferro retorcido na alma
no acidente da tarde calma.
Sou pintor de universos noctívagos
e a noite devolve-me a vertigem
dos teus olhos em tiros certeiros
no peito perfurado da chacina.
"Tu e eu, inseparáveis atrás das cortinas
ResponderEliminardo quarto, teus olhos brilham nos meus."
Estariam de mãos dadas? Ou de almas abraçadas?