Uma palavra dita naquela tarde significou para mim a inundação o fulgor das águas que mergulham um corpo frágil de náufrago uma palavra apenas: afundo-me desprendo-me das árvores e das suas raízes profundas cortando as amarras presas ao cais e afundo-me num oceano azul tão azul, azul cobalto, azul azul com bolhas de ar a fervilhar na alma dos peixes doirados, no fundo da minha alma azul.
Agora as palavras que dizias são mais profundas e aquosas como poços que me prendem os pulsos: que me libertam na torrente.
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