quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A OITO


À Anabela


Sentei-me naquele café,
e como se fosse a primeira
vez, o inverno tinha chegado.
A oito vem sempre a primeira
água, que amaciando as ruas,
traz de novo as "suaves" raparigas,

e com a água cresce na terra
a árvore forte do outono,
com raízes nas mãos nuas
e flores secas nos cabelos.

em setembro trazes
de novo o chá aromático
e o bolo de feno
a oito, qualquer suavidade
fica aquém, muito aquém
dos setembros que
recebo de ti, todos
os dias.

Paulo da Ponte, Setembro 2011

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