abro-te a ferida com o bisturi da noite,
e vagueias comigo à luz da vela,
em salas de sono induzido
mais um xanax para levantares voo
do rectângulo da tarde
não esperes que o fio dos dias
seja condutor embriagado
abres-me o sol nas pálpebras
sonolentas
e brinco com sombras no teu peito
nos lençóis de papel, dos livros
que escrevo amarrotados
abre-se a janela e a brisa
desenha círculos de ar
nos teus cabelos.
Sem comentários:
Enviar um comentário