o exercício da espera numa sala
deito-me ao lado do tempo
num pacto de lentidão
a televisão emite na dobra
imperfeita da sala
nunca esperei por ningúem
no átrio da solidão
(e nela vou penetrando mais fundo)
até que a noite desça do tecto
os médicos imaculados deslizam
nos corredores com macas
alugadas a corpos débeis
de crisálida.
Sem comentários:
Enviar um comentário