terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Q. Praça da fruta

Na praça da fruta plantaram cachos de bananas,
matinais
há gente apressada e loucos calmos
abismados
uma ambulância ensimesmada tropeça no passeio
as passadeiras deslizam sob os pés dos transeuntes
trôpegos
um polícia acaricia um pêssego careca
o marco de correio ficou vermelho de raiva
indiferente a tudo um cão mija na sarjeta
o poeta entra no café e escreve um poema
- Na praça da fruta.

2 comentários:

  1. O poeta deteve-se a meio para tomar o café,
    Quando voltou ao seu poema de súbito rasurou palavras, rasgou a folha, encantado saiu do café e passeou pela praça da fruta
    Pensou para com ele "Isto sim é poesia!"

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