segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CC. Quando os deuses dançam vazios

Há um balanço na terra
um odor desprende-se
do arado,
há um homem cultivando
uma mão cheia de sal,
de pó sob os meus pés
um sol escorrendo na face,
um oceano, uma semente
no ventre: um abraço
na curva cava do corpo,
um amigo em cada porto,
numa cidade perdida
existe um poema de lume
um poema de amor,
uma ferida.
Há poetas urdindo palavras,
enquanto os deuses dançam:
vazios.

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