terça-feira, 31 de agosto de 2010

Manhã subentendida

Na lâmina larga da noite
enfio as horas redondas,
bebendo as esferas, alcool,
antropologia rolante.

Passara-se o mistério
do amor contrafeito,
no ar o cheiro róseo
do comércio de flores.


Esperando a abertura do dia
na inação do leito
enrolado em papel pardo
dos pés à poesia.

As dobradiças da alma
rangendo no palato,
recortando um sonho evadido
num aroma guronsan.

A brancura dos campos,
uma geada persistente
nas falanges.

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