quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Poeira dominical

A cada momento caminho mais e mais,
as solas rasantes da poeira,
como um rasto espesso e mole,
o caminho serpenteia por entre
o papel com braços de sombra.

De tanto ecoar a luz embriaga,
Ah! As sílabas balbuciantes da tarde,
Um pino, trote ao ritmo cerebral,
como água nas paredes de janeiro.

Branca é a luz coada na parede,
que toco, alongando os braços,
fortes do ulmeiro,
a floresta de sangue por ofício,
a casa de chuva por abrigo.

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