quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ARQUIPÉLAGO

Abre o corpo todo,
abre-te, como uma flor
sobre o oceano pálido.
Pousa o ventre
no leito volátil,
veloz.
Como sexo ornado
de morte: virás.
No precipício do tempo,
virás na vertigem,
o teu cabelo escrito,
em palavras emaranhadas,
ponte pensil elevando-se,
desenha a passagem,
desenha-te.
As pernas são pilares,
ancas perfumadas.
Ao centro do ventre: o vulcão.

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