quarta-feira, 26 de maio de 2010

Manhã muda

sem palavras, eu e tu e o silêncio,
os versos mudos,
desfeitos,
como pó,
nos passos,
traços na manhã muda
o vértice do corpo deslizando
o sangue vibrante nas carótidas
o sol oblíquo caminha a meu lado
na sombra
no ritmo
no passo apressado,
como eterno desconhecido,
e sempre as palavras na ausência delas:
em vez da ausência.
o sangue circular das palavras.(

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