quinta-feira, 20 de maio de 2010

(...3:42...)

Algo inevitável está a acontecer
Regressas cada vez mais tarde
quando a noite adere às paredes
essa noite que me passeia
nos ombros de mansinho, regressas
com mãos que te percorrem
o pescoço em busca do ar,
as ruas lá fora pararam
meu amor, um lenço esvoaça
num movimento líquido
de sangue derramado.
Nunca mais voltas esta noite.

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