aqui estou, rochedo nu,
escrevendo poemas
Ontem bati de frente,
escorrendo mar
debaixo das engrenagens
retorcidas,
ficaram-me dois euros no bolso
e pequenas folhas de papel,
imaculadamente brancas
com filamentos rubros
na margem,
neles estavam as tuas mãos
pousadas, ensaiando um rabisco
de ar.
Regressei quando não queria,
eu nunca me quero,
e agora existem
trezentos e cinquenta quilómetros,
por (te) escrever.
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