Habitas-me o corpo entranhado das palavras,
o oiro leve dos cabelos,
e todos os dias te trago no peito,
na pele, nas mãos.
*
Atravessas a lâmina fina,
Os pés plantados. O suave arco
da pele tensa, cálida.
Os dedos sulcam como arados,
a ferida da boca.
Alimentas meu corpo. Meu sexo.
Alimento.
*
Só na palavra escrita perduras,
só a urgência do sol te cega.
Se a vida cintila és um astro polar
no nosso tempo de amar.
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