quarta-feira, 8 de setembro de 2010

VERSINHOS A UMA AMIGA FINLANDESA

Ó Anna Lüsa Uski minha dama de antanho
que é feito da tua bizarria
continuas bela como na fotografia?
eu quando penso em ti ainda tenho

dentro do pobre coração torcaz
aquele bicho a roer devagarinho
tu eras só pen pal mas tanto faz
mais sede não se tem dum pucarinho

não te perdoo que ficasses por lá
em Likkolampi casando com um qualquer
como pudeste ó Anna ser tão má?
yours sincerely já te chamava mulher

mais tarde eu fiz catorze anos
o amor era no meu peito como um lenho
quereis saber críticos vós fulanos?
inda me arrepia esta dama de antanho

in Variações em Sousa, Fernando Assis Pacheco, 1987

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