Atravessas a noite
de norte a sul,
não pares, nunca pares,
em cada passagem de nível
um guarda nocturno,
anota a velocidade,
na congestão das têmporas
no ritmo batuque de madeiras
Estações e apeadeiros,
transportando o quotidiano
sonolento das manhãs,
o rigor dos compassos
composição vazia,
quarteto para o fim
do tempo, messiaen,
um tempo de trabalhadores,
salpicando o cais,
sala de espera
da solidão operária.
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