embrulha todos os teus haveres em papel pardo
uma camisola como destino, abandona os sapatos,
os próprios pés se conseguires
e faz-te à estrada, até que o pó te revele,
abandona os livros, a casa, a própria família
sai, sai por uma porta de som com árvores dentro
sai, embora a distorsão do mundo te incomode
sai, enquanto os pássaros ruidosos voam.
bebe todas as cores dos holofotes, um a um
até que os olhos adormeçam, num rio de sombra,
bebe até que não te sintas, bebe-te.
os festivais são indiferentes, regressam no ano que vem
enquanto tu permaneces envolto em pó.
Envolta em pó regressei do meu festival de verão, onde não pude beber porque o tatuador proibiu... :)
ResponderEliminargosto da nova imagem amarelo torrado, como se de páginas de um épico se tratasse.
Obrigado pelas tuas palavras Margarida.
ResponderEliminar;-)