No número vinte e oito da minha rua
estão presos pensamentos
entraram sem quaisquer documentos
clandestinos subindo degraus
quatro a quatro, que é um
número matematicamente sólido
tentando construir este poema de quadras
sem que a forma tropeçe na escada
no corrimão, no gato preto
na velha de bengala rodopiando,
que num tropel descendo grave
a esperava o 112 no rés-do-chão.
logo a maca morrendo morta,
a velha reanimaram de máscara,
insuflando oxigénio puro,
mais puro "seria não"!
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