as mulheres que não toco com os dedos,
que não ouso tocar
as mulheres impossíveis
seres esbeltos como gazelas
no deserto da minha tarde
as mulheres que imaginadas,
vejo à distância de um olhar
são mais reais para outros
só para mim um rasto de impossibilidade
é nesse intangível que transporto no peito
que as mulheres são mais belas
a impossibilidade doirada das suas mãos
mergulha neste meu templo-espelho
onde as observo e quase as posso tocar
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