Primeiro descasca-se uma banana, com os pés bem assentes no chão, para que o vento ao soprar, apenas provoque o mínimo de danos colaterais. A árvore dos recibos afinal dava bananas em cacho, uma autêntica cachoeira. É dia dezanove, dizem, o meu relógio marca onze horas e uns tímidos três minutos. Agora, após ter desenhado no ar uma flôr trilobada com as cascas pendentes, levo a banana à boca e mordisco a ponta, sentindo um sabor acre na língua.
Escorrega-se a cada passo, nos primeiros dias do ano. No norte aproveita-se para esquiar enquanto o sol rasante pinta uma cinza prateada no horizonte. Enquanto o tempo passa e os pés hesitam, a casca adquire um movimento próprio - primeiro deslizamento. A banana, meio comida, exibe agora a sua decadência de fruto mole da civilização ocidental.
A fuga é uma possibilidade. Compramos uma passagem de ida e volta até aos subúrbios da capital e amanhã aqui estaremos, com a mesma roupa de sempre, às oito da manhã, duas bananas no bolso e um livro de recibos verdes, caso a menina das finanças resolva ligar. À mesma hora de sempre.
P.S: A fuga é mesmo o melhor caminho.
Escorrega-se a cada passo, nos primeiros dias do ano. No norte aproveita-se para esquiar enquanto o sol rasante pinta uma cinza prateada no horizonte. Enquanto o tempo passa e os pés hesitam, a casca adquire um movimento próprio - primeiro deslizamento. A banana, meio comida, exibe agora a sua decadência de fruto mole da civilização ocidental.
A fuga é uma possibilidade. Compramos uma passagem de ida e volta até aos subúrbios da capital e amanhã aqui estaremos, com a mesma roupa de sempre, às oito da manhã, duas bananas no bolso e um livro de recibos verdes, caso a menina das finanças resolva ligar. À mesma hora de sempre.
P.S: A fuga é mesmo o melhor caminho.
Sem comentários:
Enviar um comentário