já aqui não pernoitas nem falas comigo
nem és o imperceptível frémito de asas sobre o papel
Al Berto
selada a boca de mármore
uma lápide encerras,
na língua escurecida pelo vento
um verme vestindo asas
vou raspando os troncos
com um canivete de fel
um pequeno barco,
que pouso na lâmina lacustre,
lacerada.
há livros na boca da noite
emudecidos na tua boca
e tantas cartas queimadas
tolhendo a ligadura das mãos
e há pássaros redondos,
debicando sonhos,
comendo pão.
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