sábado, 27 de agosto de 2011

(...)

Quando a literatura vier,
estarei velho,
debaixo das pequenas papoilas,
pelos campos,
perdido como sempre,
ao longo do carreiro incerto,
desembocando na falésia,

Como eu gostava de desnudar
o corpo de encontro às rochas
e como elas pareciam minhas
confidentes.

Às vezes, um barco esperava-me
no fundo da falésia,
de tão solitário,
atado às ondas,
ao brilho intenso
que se desprendia
dos cabelos.

Era ainda menino,
nesse tempo de onda lisa
onde agora a falésia
esfarela a errância.


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