Daqui, do alto desta sala,
as janelas são nítidas
como pássaros,
sentados na tarde,
empoleirados nos fios
das palavras,
marionetas de chumbo.
Foram-nos dadas duas mãos,
uma boca de areia,
somos pássaros feitos
para rasgar os ramos da noite,
nos braços ternos da negrura.
Foram-nos dadas catedrais
e deuses para uso diário,
e um pacote de sombras,
na noite, como abrigo.
Escavamos um túnel
no transepto da noite
talhando com mãos de mármore,
lívidas túnicas ogivais.
a sua etiqueta "da teoria da construção" fica a matar no tubo de ensaio; gostei muito
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